4 de maio de 2010

Ira do tempo

Isolado, ali está
em meio aquático
ilha do meu viver.
Quem sabe vou até aí?

Solitária solidão
encare a verdade.
Quem sabe vou lhe visitar?

Desesperado, lá está
entregue ao vento
como uma pluma.
Quem sabe se irei?!

Ira do tempo
reserve-me um momento.
Quem duvida disso?

Espaço colapso
não me espere.
Quem sabe um dia, quem sabe...

--> Líria de Moraes
1995

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