24 de julho de 2011

Trincheira

Deixo-me, deixa-me...
como quem não se apruma
o sangue queima em mim
como quem em cabides se pendura.

Tranca a porta caramujo
onde está nosso lar?
te escuto no escuro
ninguém mais acredita em estrelas do mar.

Você pensa 
como quem tem labirintite no coração
e pelo saguão penetra
como quem se equilibra entre rachaduras no chão.

Ser assim
fazer guerra
como quem não se dá conta
só pra salvar-se de si mesmo
é lutar e sair da fronteira
desertar do resto mundo
e seguir na trincheira.
--> Líria de Moraes 2011

4 comentários:

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