29 de julho de 2010

Rosas cor de champanhe


Teci algo especial
em minha mente
pensei em ligar,
em desenhar
uma lua cheia de brilho,
na areia andar,
banhar meus pés no rio
quem sabe um presente, um buquê
de rosas cor de champanhe
e só o que posso fazer
é apenas te escrever.


Líria 

2010

28 de julho de 2010

Bem me quer, mal me quer


À la Folie… Pas du Tout – França, 2002

Então, esse é um filme daqueles que você começa à assistir e logo já imagina algo na seqüência das cenas, porém se engana totalmente com o desenrolar da história. Bom, foi o que exatamente aconteceu comigo.
Mal sabia que seria tão diferente seu enredo em relação a minha projeção. É certo que projeções são errôneas por natureza.
Limito-me a dizer que já concordava que seria um longa belíssimo, já que a Audrey Tautou faria a personagem principal, a considero ótima atriz e sou apaixonada por seus outros trabalhos como "O fabuloso destino e Amèlie Poulan" e "Meninas moleques" entre outros. Sem contar com o fato que o cinema francês é um arraso.
Muito surpreendente também, o modo como a diretora brinca com os pontos de vista durante a película. Amei!
Fica aqui a dica! #ficadica

26 de julho de 2010

Ácida

Inspira o tudo ao final da madrugada 

brando é o sussurro 

perseguindo-me com teu doce frescor... 

Mas uma música baixa e fina 

arranha meu íntimo 

ecoa entre a solidão e o silêncio 

por ser ácida e incompleta 

não diz sequer uma palavra 

suga a minha noite 

e libera a minha manhã. 

 Líria Moraes

2010

24 de julho de 2010

Teto de Vidro


Composição: Pitty

Quem não tem teto de vidro que atire a primeira pedra (4x)

Andei por tantas ruas e lugares
Passei observando quase tudo
Mudei, o mundo gira num segundo
Busquei dentro de mim os meus lares
E aí, tantas pessoas querendo sentir sangue correndo na veia
É bom assim, se movimenta, tá vivo
Ouvi milhões de vozes gritando
E eu quero ver quem é capaz de fechar os olhos
E descansar em paz...

Quem não tem teto de vidro que atire a primeira pedra (4x)

Andei por tantas ruas e lugares
Passei observando quase tudo
Mudei, o mundo gira num segundo
Busquei dentro de mim os meus lares
E aí, tantas pessoas querendo sentir sangue correndo na veia
É bom assim, se movimenta, tá vivo
Ouvi milhões de vozes gritando
E eu quero ver quem é capaz de fechar os olhos
E descansar em paz...

Quem não tem teto de vidro que atire a primeira pedra (4x)

Na frente está o alvo que se arrisca pela linha
Não é tão diferente do que eu já fui um dia
Se vai ficar, se vai passar, não sei
E num piscar de olhos lembro tanto que falei, deixei, calei
E até me importei mas não tem nada, eu tava mesmo errada
Cada um em seu casulo, em sua direção, vendo de camarote a novela da vida alheia
Sugerindo soluções, discutindo relações
Bem certos que a verdade cabe na palma da mão
Mas isso não é uma questão de opinião
Mas isso não é uma questão de opinião
E isso é só uma questão de opinião...

21 de julho de 2010

Um suspiro antes

Tentei não pensar
não te sentir
quando me lembro
um sorriso
de canto de boca
surge
não o quero no meu sonho
o tempo volta ao ponto
um segundo antes
um suspiro antes
um toque antes
do beijo
do desejo de mais um.

--> Líria de Moraes 2010

20 de julho de 2010

Apenas Uma Vez

Música é tema e linguagem para romance independente irlandês


















Hoje quero falar sobre esse filme,
que realmente tirou meu fôlego em 2008, mas que
assisto quantas vezes forem possíveis. Seguindo o mesmo tema de "Encontros e desencon
tros" de 2003, ele nos remete a sentimentos extremamente desconhecidos
para a maioria das pessoas mais céticas e racionais. Porém, dentre o restante de indivíduos dessa conta, ficam os que já passaram por algo semelhante à ficção. Quem nunca teve saudade daquele amor não vívido, do que podia ter sido, de um sentimento sem lógica por algo que ainda não passou e não temos certeza de que algum dia virá. É o famoso jargão:
"Saudade do futuro." São os "se's" da vida, né?!
Bom, mas voltando ao filme em si, posso dizer que ele traz com muita elegância uma forma de narrativa suave, contudo densa. Pois falar de um assunto tão delicado sem colocar em risco a qualidade do filme, sua fotografia, trilha sonora e roteiro, é difícil. E por se tratar de um filme irlandês, já sabemos que não teremos nada "água-com-açucar". O que me chamou a atenção foi o desprendimento da direção, colocando leveza nas falas em detrimento ao peso do tema. Um suspense gerado é delicioso e sem que os protagonistas nem se tocassem praticamente. É isso que mais venero!! Os sentimentos e pensamentos abafados, brotam da tela para nossa mente sem que houvessem imagens para escancarar tudo. Muito legal!! Para quem tiver curiosidade ou gostar de cinema desse tipo, fica a dica.

15 de julho de 2010

? por que você não soa quando toca? | ? por que você não sua quando ama?

♫ "a última palavra é a mãe de todo o silêncio
descanse em paz, dê o último suspiro
façamos silêncio para ouvir o último poema
? por que você não soa quando toca?
? por que você não sua quando ama?
! ninguém derrama sangue
quando perde guerras de fliperama!
? por que você não soa quando toca?
? por que você não sua quando ama?
? por que você não soa quando toca?
? por que você não sua quando ama?" ♪

Pedaço da música dos Engenheiros: Problemas sempre existiram.
Ela vem de encontro ao texto do poema anterior postado no blog (Meu mel é mais fel). Fala por si, mas deixa claro a idéia de falsidade e hipocrisia vivida nas rodas sociais e íntimas, porque não.

Gosto muito desse tema que apesar de ser cotidiano, é extremamente esquecido por querer, ficando invisível aos nossos olhos. O normal é tentarmos esconder os sentimentos e atitudes "escórias" da sociedade.

Muitas vezes me deparo rebatendo alguma idéia dessa ordem. Porém, não há efeito algum entre mentes já viciadas por tanto "pó-compacto", tanta maquiagem. Escravidão de tabús e imagens!! Assim deixo para palavras, e outras vezes fotos, chocarem os adeptos, mesmo que inconscientes, dessa modalidade de mentira e ilusão.

Bom era isso! Até mais.

Meu mel é mais fel

Quis te alcançar amigo
mas teu silêncio é maior
pedi tua mão querido
teu orgulho rasga como vento em noite de inverno
então porque me pedes abrigo
compreensão, colo, palavras
se quando realmente preciso de ti
estas ocupado com tuas coisas
tuas frescuras, teus amores...
sem demagogias e furos de moral
banhos de sermão
meu mel é mais fel
e não há nada que possas fazer
nessa posição que te encontras, que escolhestes
para estar mesmo sendo amigo.

--> Líria de Moraes 2010

14 de julho de 2010

Vozes - Engenheiros do Hawaii


Composição: Humberto Gessinger

Se você ouvisse
As vozes que ouço à noite
Acharia tudo que eu faço Natural (normal)
Se você sentisse O medo que eu sinto do escuro
Se você soubesse O mal que o sol me faz
Não me pediria pra repetir
Revoltas banais
Das quais eu já me esqueci
Se você ouvisse Às vozes que ouço à noite
Às vezes me assustam Outras vezes me atraem
Se você sofresse
Tanto quanto eu sofro com a solidão
Se você soubesse
O quanto eu preciso da solidão
Não me pediria pra repetir
Frases banais Das quais já me arrependi
Duas pessoas são duas verdades
E, na verdade, são dois mundos
A cada segundo, o pânico aumenta
E uma sombra arrebenta A porta dos fundos
Se você sofresse
Tanto quanto eu sofro com a solidão
E precisasse
Tanto quanto eu preciso da solidão
Não me pediria pra repetir
Gestos banais dos iguais aos que eu não fiz

11 de julho de 2010

E agora?

A luz do imenso sentir, já se apagou
E agora?
O imenso sentir da luz, já se foi
E agora?
O sentir da imensa luz, já não sente
E agora?
A imensa luz do sentir, já não existe
E agora?
Só por hoje, e agora?

--> Líria de Moraes 1998

6 de julho de 2010

Uma Gota de Sonho

Minha poesia
que fica
na distância.

São sonhos
de um dia,
quando era criança.

Um fio de água
que tenta
ser mar.

Uma gota
de lágrima
num olhar.

Um poema
com alma
do meu ser.

Um sonho
perdido
sem poder.

Neste silêncio
tudo
arde.

Enquanto sonho,
a vida
fica pra mais tarde.

- Frankelim Amaral